Neymar afirma em julgamento que assinava os documentos que seu pai pedia
Escrito por Jenifer Batista em 18 de outubro de 2022
Fonte: Uol
Neymar afirmou hoje (18) que assinava os documentos que seu pai apresentava. A declaração foi feita durante o julgamento do atleta em Barcelona sobre as supostas irregularidades na polêmica transferência que o levou do Santos ao Barcelona em 2013.
“Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede”, afirmou Neymar ao ser questionado pela Promotoria, que o acusa de corrupção e pede dois anos de prisão para o jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros.
O jogador também foi questionado se recebeu ofertas de outros clubes que não sejam o Barcelona. Ele falou por cerca de cinco minutos. “Eu sabia dos rumores de outros clubes, mas meu sonho era assinar com o Barça e em 2013 decidi ir para o Barça e deixar o Santos”, disse.
“Tive opções de muitos clubes, mas meu sonho sempre foi jogar no Barça, desde criança queria jogar lá e sempre sigo meu coração”, acrescentou Neymar. “Lembro que tinha o Real Madrid e não me lembro de outros [clubes]. No último momento, foi Real ou Barça, mas o meu coração me fez ir para o Barça.”.
Previsto a princípio para uma data posterior, o depoimento do camisa 10 da seleção brasileira na Audiência de Barcelona foi antecipado a pedido de seus advogados, que alegaram que o atacante deve jogar por seu clube, o Paris Saint-Germain, pelo Campeonato Francês na sexta-feira e pela Liga dos Campeões na próxima terça-feira.
No primeiro dia do processo, ontem (17), Neymar não deu nenhuma declaração.
A defesa do atleta, que a partir de 20 de novembro comandará a seleção do Brasil na Copa do Mundo, conseguiu autorização para que o atacante e seus pais, também processados, deixassem o tribunal por algumas horas durante a audiência inicial.
O motivo? O jogador estava cansado depois de disputar uma partida no domingo à noite, quando fez o gol da vitória do PSG contra o Olympique de Marselha pelo Francês.
Após sua declaração nesta terça-feira, Neymar não será obrigado a acompanhar presencialmente o julgamento, mas poderá prestar novo depoimento antes do fim do processo, previsto para 31 de outubro, por videoconferência.